O gerente da Upranimal, Danilson Silveira, esclareceu hoje que a ruptura de ração animal que se regista na ilha do Fogo deve-se à falta de transporte marítimo regular para o envio do produto.

O esclarecimento foi dado à Inforpress pelo gerente da empresa de produção e distribuição de ração animal em Cabo Verde (Upranimal), na sequência da aglomeração de pessoas em um dos postos de venda em São Filipe, que se registou esta semana, para aquisição de ração.

Segundo o responsável, esse tipo de situação já tinha acontecido anteriormente, não com esta dimensão, quando a empresa passa vários dias sem conseguir enviar a ração para o Fogo, onde tem dois postos de venda em São Filipe e mais três distribuidores na zona dos Mosteiros e outras.

“O problema de ligação marítima e falta de regularidade, principalmente, provoca a situação de ruptura”, disse, esclarecendo que desde o dia 16 de Dezembro de 2021 que enviaram a mercadoria para o Fogo, só foi possível enviar novamente a ração no dia 08 de Janeiro, o que provocou ruptura, sendo que “quando o produto chegou as pessoas tinham de fazer aglomeração, porque todas estavam com necessidade”.

A carga enviada no dia 08 de Janeiro, conforme comunicou, praticamente já esgotou, avançando que hoje tinham a previsão de fazer o embarque de cerca de 40 toneladas de ração no navio Inter-ilhas, mas que infelizmente foram informados que só será possível enviar metade desta carga.

Danilson Silveira assegurou, entretanto, que para “ultrapassar esta dificuldade e prevenir rupturas”, a Upranimal vai tomar imediatamente a medida de adquirir um espaço de maior dimensão no Fogo, de pelo menos 500 toneladas e começar a enviar maior quantidade de ração para a ilha.

Em relação ao aumento de preço do produto, o gerente confirma que subiu em cerca de 20 por cento (%), resultado das últimas importações do milho feitas a partir da Europa, em contentores, com um aumento de quase 30% em relação à importação feita da América Latina, o que fez com que o produto ficasse mais caro.

“A nível nacional, há várias semanas sem milho no mercado, mas a Upranimal, sendo um dos importadores do milho, dificilmente consegue trazer, em cada importação, mais de 3.000 toneladas, porque não tem espaço de armazenagem, o que leva a situação de risco e ruptura sempre”, referiu, indicado que esse aumento é automaticamente repassado para o consumidor.

Danilson Silveira garantiu que actualmente a preocupação, enquanto não se estabilizar o stock de milho no País, é ter ração para animais o que tem sido feito na ilha de Santiago sem constrangimentos.

DR/HF

Inforpress/Fim

Fonte: Inforpress